Âm(EU)ago
Na escrita, meu olhar se condensa,
Na voz falada, a paixão habita,
No sussurro, meu verbo palpita,
E no silêncio, a alma se apreensa.
No repouso, um conto a se libertar.
Cada verso não escrito é abismo.
Na Lira, meu sentir, meu exorcismo.
A mais pura forma de me desvelar.
E na cadência, da Alma desnuda,
Em cada rima meu Ser ameniza,
Pela verdade que o verbo aluda.
Assim no Eco a vida se eterniza,
Em estrofes a letra ajuda,
Delírios meus…a poesia harmoniza.